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Estudo detecta aumento de nova geração de superbactérias em hospitais brasileiros

Foto: André Pitondo Silva / Folhapress

Um estudo brasileiro demonstrou, pela primeira vez, o aumento de uma enzima ligada a uma nova geração de bactérias multirresistentes em hospitais do país, acendendo o alerta das comissões de controle de infecção hospitalar.
 

Chamada de metalobetalactamase New Delhi (NDM-1), a enzima foi isolada pela primeira vez em 2009 na Índia e desde então já provocou surtos naquele país, no Paquistão e na Inglaterra. Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos também registraram aumento de casos.
 

No Brasil, a NDM já tinha sido detectada, mas nunca quantificada. De acordo com a publicação, a taxa de detecção dessa enzima em um grupo de bactérias (enterobactérias) quase sextuplicou em sete anos, de 4,2% para 23,8%, entre 2015 e 2022, com pico na pandemia de Covid-19.
 

A NDM faz parte de um grupo maior de enzimas produzidas por bactérias, as carbapenemases, que representam hoje uma ameaça global à saúde pública devido aos altos níveis de resistência aos antibióticos atuais. Outra velha conhecida é a KPC, Klebsiella pneumoniae, responsável por vários surtos em hospitais brasileiros e do mundo.
 

Uma hipótese é que o cenário de hospitais superlotados, profissionais despreparados e o uso indiscriminado de antibióticos tenham contribuído para o aumento. O estudo demonstra que, entre 2020 e 2022, houve alta de 65,2% da detecção de enterobactérias e de 61,3% da Pseudomonas aeruginosa no total de amostras isoladas.
 

Outras pesquisas já haviam detectado que até 94% dos pacientes infectados com Covid-19 receberam antimicrobianos em hospitais durante a pandemia. Porém, muitas dessas indicações podem ter sido desnecessárias porque se tratava de quadros virais e não bacterianos.
 

Mas o problema das bactérias resistentes até a antibióticos mais modernos, como os carbapenêmicos, é anterior à pandemia e ainda é objeto de muitos estudos. Na Europa, por exemplo, mesmo com a redução do uso de antibióticos, a resistência bacteriana também aumentou entre 2019 e 2020.
 

Uma estratégia tem sido voltar a usar antibióticos mais antigos, como a polimixina, que, embora mais tóxicos, mostraram-se eficazes no combate a algumas dessas bactérias resistentes. Ocorre que até eles estão perdendo o páreo.
 

Publicado na revista Clinical Infectious Diseases, o estudo brasileiro foi financiado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos Estados Unidos, e faz parte de um projeto internacional para aprimoramento da detecção e do conhecimento sobre resistência bacteriana.
 

No Brasil, foram testadas mais de 80 mil bactérias do banco de dados do sistema público de informações laboratoriais. A enzima KPC continua a mais frequente, com taxa de detecção de 68,6% entre as enterobactérias, enquanto a NDM teve 14,4%.
 

O que chama atenção, no entanto, é a taxa de crescimento da NDM. Ela teve um aumento percentual anual de 41,1% entre as enterobactérias e de 71,6% entre as P. aeruginosa. Já a KPC apresentou uma queda de 4% no primeiro grupo de bactérias e uma alta de 22%, no segundo.
 

"A gente sabia que estava detectando mais NDM, mas não tinha quantificado isso", diz Carlos Kiffer, autor principal do estudo e professor adjunto de infectologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 

Ele conta que, até então, a principal preocupação girava em torno da KPC. "A gente sempre achou que a NDM era menos importante. Embora ela tenha sido encontrada em menor proporção no total de isolados, a taxa de crescimento dela é assustadora ao longo desses últimos anos."
 

Kiffer diz que, se a NDM mantiver essa taxa de crescimento elevado, ela pode tomar conta dos ambientes hospitalares nos próximos três, quatro anos. Diferentemente da KPC, que pode ser combatida com novos antibióticos mais eficazes, a NDM ainda não dispõe dessa alternativa.
 

"Aqui no Brasil não tem nenhum [antibiótico] comprovadamente eficaz para a NDM. O que gente faz é usar antibióticos antigos, alguns podem ou não ter efeito para essa resistência, mas a gente não pode garantir que funcione."
 

Segundo ele, entre as estratégias de prevenção para conter a disseminação da resistência bacteriana estão a higiene adequada das mãos, o uso mais controlado de antibióticos nos hospitais, na comunidade e nos ambientes veterinários, além do diagnóstico precoce.
 

"O diagnóstico laboratorial é problemático em muitos lugares fora dos grandes centros do Sul e do Sudeste, o que aumenta muito as chances de mortalidade", diz.
 

Uma melhoria da infraestrutura hospitalar é outra recomendação. "Muitos hospitais brasileiros estão em um procedimento de sucateamento e com redução de pessoal disponível para controlar a infecção hospitalar."
 

Kiffer explica que o nível de conhecimento dos gestores públicos de saúde sobre resistência bacteriana é muito desigual no país. "Tem pessoas que conhecem bem o assunto, mas outras não estão convencidas de que se trata de um tema prioritário."
 

Ele lembra que a falta de controle das infecções hospitalares gera mortes evitáveis e um impacto no índice de internação hospitalar, com aumento do tempo de permanência e dos custos.
 

"É uma epidemia silenciosa deste século. Se a gente não fizer algo agora, vai sofrer num futuro muito próximo com a restrição de opções terapêuticas, a um custo muito elevado, e, em muitos casos, lidar com infecções intratáveis, o que já é uma realidade em muitos hospitais."
 

O projeto também tem outras frentes de ação nas áreas de educação, de treinamento e capacitação dos centros para a melhoria da testagem nos laboratórios públicos de microbiologia.

 
 
 
Fonte: Bahia Notícias

Casos de dengue grave aumentam quase 170% na Bahia; mortes diminuem

Foto: Divulgação / Fiocruz

Os casos de dengue grave aumentaram 168% no primeiro semestre de 2023 na Bahia. Foram 670 casos de dengue grave neste primeiro semestre contra 250 no mesmo período de 2022. Já o número de mortes caiu de 20 para nove, uma redução de 55%. Os dados foram divulgados na quarta-feira (12) pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ao G1.

 

A Sesab destaca que nem toda dengue grave é caso de dengue hemorrágica. A diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Márcia São Pedro, explica que a gravidade da dengue não é definida somente por hemorragias. Outras condições são apontadas como gravidade, a exemplo do choque e manifestações neurológicas.

 

As nove mortes já registradas no estado foram contabilizadas até 1º de julho. Uma delas definido pela Câmara Técnica como dengue hemorrágica e dois como febre hemorrágica. As outras seis mortes transitam entre dengue e dengue grave.

 

Os óbitos ocorreram nos seguintes municípios: Feira de Santana (3), Jandaíra (1), Campo Alegre de Lourdes (1), Boninal (1), Mucuri (1), Mirante (1) e Vitória da Conquista (1). Esses óbitos são investigados pelos municípios e avaliados pelo Comitê de Óbito municipal ou Estadual.

 

A cidade de Alagoinhas não está na lista da Sesab, mas a prefeitura informou que registrou a primeira morte causada por dengue hemorrágica neste ano. A Vigilância Municipal em Saúde foi notificada sobre a morte do paciente no dia 5 de julho. Depois disso, foram feitos exames e a confirmação de óbito causado por arbovirose foi divulgada na terça (11). O nome e a idade do paciente não foram informados.

 

CASOS TOTAIS

No primeiro semestre de 2023 foram notificados 31.864 casos prováveis de dengue no estado. No mesmo período de 2022, foram notificados 29.343 casos prováveis, o que representa um aumento de 8,6% nas notificações.

 

A dengue, assim como a zika e a chikungunya, são doenças adquiridas e transmitidas pela picada do mosquito aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue, ou o aedes albopictus.

 

A única forma de evitar essas três doenças é com o combate do mosquito, por meio da eliminação dos criadouros nas casas, no trabalho e nas áreas públicas.

 

Fonte: Bahia Noticias

Exercício físico pode ser grande aliado na prevenção e tratamento da artrose, afirma especialista

Foto: Reprodução

Com o aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa de natalidade, a população brasileira, consequentemente, vem passando por um processo de envelhecimento. Por isso, doenças reumáticas, ou seja, que comprometem o sistema locomotor, se tornam mais comuns.

 

A artrose, por exemplo, causa desgaste acelerado da cartilagem, estrutura responsável por cercar os ossos e impedir o choque entre eles. Hoje, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas, não só idosas, no país são acometidas pela enfermidade.

 

Diante desse cenário, ao contrário do que muitas vezes se imagina, o exercício físico pode ser um grande aliado tanto na prevenção como no tratamento da artrose, chama a atenção o ortopedista Marcelo Midlej Reis, especialista em cirurgia no joelho.

 

“Os exercícios ajudam a fortalecer os músculos ao redor das articulações afetadas, melhoram a flexibilidade e a amplitude de movimento e reduzem a dor e a inflamação”, explica Midlej Reis.

 

Mas é importante escolher o tipo correto e fazer uma avaliação médica antes de iniciar qualquer programa de exercícios. “Eles devem ser adaptados às necessidades individuais de cada pessoa e levar em consideração o grau de comprometimento da articulação afetada”, observa o ortopedista.

 

Fonte: Bahia Noticias

Anvisa aprova remédio para colesterol injetado apenas 2 vezes por ano

Foto: Reprodução / Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 19 de junho, a comercialização no Brasil de um novo medicamento contra o colesterol. Uma alternativa à tradicional estatina, a inclisirana é aplicada por meio de uma injeção, apenas duas vezes por ano.

 

O medicamento age contra o colesterol ruim (LDL), cujo acúmulo é um dos principais fatores de risco para infartos e derrames. A inclisirana bloqueia uma proteína (PCSK9) que danifica os receptores de LDL – são eles que captam o colesterol do sangue o levam para eliminação no fígado. Sem esse processo, a gordura fica circulando no corpo e se acumula nas artérias.

 

O novo remédio mostra que, com duas aplicações por ano, os níveis de LDL no sangue diminuem, em média, 52%. O medicamento usado hoje como referência pelo Ministério da Saúde, a estatina, reduz apenas 26% do colesterol. A inclisirana também causa menos efeitos colaterais ao paciente. Os dois medicamentos podem ser usados juntos.

 

Um dos maiores problemas do tratamento tradicional, em forma de pílulas que devem ser tomadas diariamente, é a falta de adesão. Como o colesterol alto não é uma doença com sintomas claros, muitos pacientes abandonam o tratamento depois de alguns meses. Aplicado apenas duas vezes no ano e no hospital, o novo medicamento pode oferecer uma solução para o problema.

 

A inclisirana já está sendo comercializada desde 2020 na União Europeia e desde 2021 nos Estados Unidos. Com a aprovação da Anvisa, o medicamento deve estar disponível em cerca de 90 dias, mas ainda não há estimativa sobre quando e se será incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As informações são do portal Metrópoles.

 
 
Fonte: Bahia Notícias

BCG: Vacina centenária ainda é essencial para combater a tuberculose

Foto: Arquivo/Prefeitura de Jundiaí

Há pouco mais de cem anos, em julho de 1921, os cientistas franceses Albert Calmette e Camille Guérin anunciavam o desenvolvimento da primeira vacina contra a tuberculose, doença milenar até então incurável e mortal. Ela foi aplicada em um recém-nascido que corria risco de morte pois vivia num ambiente contaminado e sua mãe havia morrido da doença. O bebê sobreviveu e o imunizante ganhou o mundo nas décadas seguintes, ajudando a reduzir os casos da doença e mortes. No dia 1º de julho é celebrado o dia da vacina BCG - o bacilo Calmette-Guérin, que leva o nome de seus criadores.

 

Um século depois de sua descoberta, a BCG é a vacina mais antiga em uso e continua essencial no combate à tuberculose. “É nossa principal arma para prevenir as formas graves da doença”, diz Alfredo Gilio, coordenador médico da Clínica de Imunização do Hospital Israelita Albert Einstein. “E quanto mais cedo for aplicada, maior a proteção.” Com uma dose única indicada logo ao nascer, a vacina deixa a famosa cicatriz que no início parece uma espinha.

 

Nas crianças, sua eficácia contra a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (quando se espalha pelo organismo) beira os 80%. Essa taxa pode cair para 50% se for aplicada mais tarde, considerando que quanto mais o tempo passa, maior o risco de contato com a infecção.  

 

Apesar disso, a cobertura vacinal da BCG teve uma ligeira queda na última década no Brasil, passando de praticamente 100% em 2012 para 90% do público-alvo em 2022. 

 

A vacina atenuada levou 13 anos para ser desenvolvida. Primeiro a dupla de pesquisadores isolou a causadora da tuberculose bovina, a Mycobacterium bovis. Colocada num meio de cultura, a cada três semanas eles separavam uma parte e recomeçavam o cultivo. Foi preciso mais de uma década e 230 cultivos para que o bacilo perdesse a virulência. Testado em bois, finalmente foi capaz de despertar uma resposta imune sem causar a doença. A nova cepa começou a ser usada para imunizar crianças e foi trazida ao Brasil em 1925. Em 1976, a vacinação tornou-se obrigatória na faixa dos 0 aos 4 anos. 

 

Nos últimos 20 anos, a vacina ajudou a reduzir as mortes em 30% mas, ainda assim, até 2019 era a doença infecciosa que mais matava no mundo – até ser ultrapassada pela Covid-19. Estima-se que em 2020 tenha atingido quase 10 milhões de pessoas. No Brasil, foram notificados 68.271 casos novos e 4.543 óbitos em 2021.

 

A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, transmitido de pessoa para pessoa através de gotículas expelidas ao falar ou tossir. A forma pulmonar é a mais comum, mas pode se espalhar para locais como ossos, rins e meninges. Também pode ficar latente por vários anos e ser reativada em momentos de baixa imunidade. 

 

Embora possa ser prevenida e curada, ainda é muito subdiagnosticada e está associada a más condições sanitárias, desnutrição e ambientes insalubres e pouco ventilados. É mais grave em imunodeprimidos, como os portadores de HIV. 

 

Os sintomas típicos são tosse, às vezes com sangue, falta de ar, fadiga, perda de peso, febre e suores noturnos. O diagnóstico é feito por meio de radiografia e exames laboratoriais. O tratamento, à base de antibióticos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), dura vários meses. As informações são da Agência Einstein.

 

Fonte: Bahia Notícias

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