A convivência com gatos e cães traz diversos benefícios para todas as fases da vida humana

@matildadjerf
 
 
 

Não é novidade alguma que os animais desempenham um papel importantíssimo em nosso dia a dia, deixando a vida mais ativa e feliz. Ter um bichinho de 4 patas em casa, traz diversos benefícios para todas as fases da vida humana. Inclusive estudos mostram que a presença de pets nas casas de crianças, por exemplo, pode causar efeitos positivos no desenvolvimento cognitivo.

Pedimos para a Thais Matos, médica veterinária da DogHero, falar um pouquinho desse comportamento e para entendermos melhor para quem e em quais circunstâncias as interações podem transformar os comportamentos dos humanos e dos bichos.

Ter um animal de estimação pode mudar a vida de alguém?

 

A ciência nos comprova que ser mãe ou pai de pet faz bem para a saúde mental e emocional de nós humanos. As transformações positivas que a convivência com os animais de estimação proporciona são essenciais para a vida, como a melhora da autoestima e a sensação de tranquilidade. Por outro lado, cães e gatos acabam por se tornar membros da família para muitos e com isso, recebem todo o cuidado e carinho que merecem.

Seu cão pode te ajudar a ter hábitos mais saudáveis?

 

Estudos científicos revelam que tutores de cães são mais ativos comparados a quem não possui um pet. A Associação Americana do Coração destaca que ter um cãozinho auxilia no afastamento de problemas cardiovasculares, pois ao levar o pet para passear e brincar, o tutor passa a praticar mais atividade física, com isso melhora a reação do organismo ao estresse. Sabemos que a presença de um animal de estimação no lar provoca mudanças no comportamento da maioria dos pais e mães de pets. A ciência, inclusive, comprova por meio dos estudos científicos que esse relacionamento de carinho, cuidado e amor provoca o aumento de serotonina e dopamina, proporcionando a sensação de calma e relaxamento.

Os pets contribuem para a nossa saúde mental?

 

A companhia do pet ameniza o sentimento de solidão. Neste período tão desafiador de pandemia, muitos que optaram por ter uma animal de estimação sentiram a diferença no seu dia a dia. O tutor de um cão, por exemplo, passou a se organizar para realizar os passeios diários. Ainda, adquiriu novos hábitos, como fazer brincadeiras para distrair o animalzinho, comprar brinquedos novos, etc. Tudo isso contribuiu para a melhora na saúde mental dos humanos e também dos pets.

Os pets também tem necessidades emocionais?

 

Temos que lembrar que os pets têm vida emocional rica e complexa e que, apesar de viverem como nossos filhos, continuam tendo suas necessidades naturais. Em alguns casos, portanto, o sofrimento emocional dos pets pode ter consequências graves. Algumas alternativas, em primeiro lugar, podem servir como medidas de prevenção e combate aos sintomas de doenças emocionais. E, para isso, o mercado dispõe de serviços nesta área, que podem auxiliar tutores que não têm tempo livre para atender às necessidades dos pets. Profissionais para passeios com os animais e a socialização em creches e hospedagem domiciliar, por outro lado, são algumas das alternativas. O acompanhamento do serviço de veterinário a domicílio também é uma forma de ter a orientação adequada para evitar problemas emocionais nos pets.

Como ficou a rotina dos pets na pandemia?

Durante este longo período de isolamento social, causado pela pandemia da Covid-19, a mudança na rotina para quem é pai ou mãe de pet, e ainda trabalha fora, mudou muito. A maioria passou a atuar em regime de home office e, com isso, ficou mais tempo ao lado do seu animal de estimação. Um fato importante a considerar nesse contexto é que a rotina do pet também mudou. Para ele, ter a companhia do seu tutor 24 horas é o melhor dos mundos, porém, se seus pais humanos precisam se ausentar, o pet pode sofrer com a ansiedade de separação, mesmo que seja por um curto período. Com a retomada das atividades e a flexibilização, como a volta às aulas presenciais, por exemplo, muitos tutores estão atarefados em suas atividades cotidianas. Com isso, o bem-estar dos cães e gatos pode ser comprometido e alguns podem até mesmo adoecer. O cão pode apresentar comportamentos que colocam seu bem-estar em xeque, como destruir objetos, chorar, latir, a automutilação e se lamber constantemente.

Os gatos são naturalmente mais sensíveis e estressados do que os cães, mas muitos tutores não conseguem perceber quando algo não vai bem com eles logo de cara. Todos esses sinais podem acarretar problemas de saúde física e mental no pet, que deve ser acompanhado por um médico veterinário, a fim de manter o bem-estar e saúde do animal. É importante que o tutor consiga lidar com essas questões, pois o comportamento de dependência não nasce com o cão, ele é desenvolvido conforme a criação e convivência com o tutor. Com a retomada da rotina, o médico veterinário pode ajudar a evitar o sofrimento do pet com essa nova fase.

 

Pets são companheiros, mas exigem compromisso?

Ter um pet requer responsabilidade, pois o tutor será a voz do pet e o responsável por oferecer todas as necessidades, suporte e conforto que o pet necessitar durante toda a vida. Mas sabe aquela sensação maravilhosa de dever cumprido? Ela sem dúvida é ativada quando a mãe ou pai de pet cuida do seu animal de estimação no dia a dia, por exemplo, após alimentar o gato ou dar banho no cãozinho. O amor que os pets demonstram pelos tutores é incondicional e isso torna a pessoa mais confiante, diminuindo até os riscos de depressão.

Podemos afirmar que cachorros refletem a personalidade de seus donos?

 

Um estudo da Escola de Medicina Veterinária da Pensilvânia, nos Estados Unidos, apontou que o comportamento dos cães provém da personalidade do seu pai ou mãe humanos. Isso mesmo, a maneira de como você se comporta pode influenciar na conduta do seu pet. O que tirar de lição desse estudo? Por exemplo, muitos cachorros têm medo de fogos de artifício, e muitos deles desenvolveram isso graças ao pai humano, que demonstra estar assustado ou preocupado e apreensivo a cada estrondo próximo de casa. Então, é fundamental que todos os pais e mães de pet tenham atenção em relação à própria conduta para não afetar o comportamento do animal de estimação. Uma pessoa ríspida e pouco sociável, provavelmente, segundo o estudo, terá um cachorro ríspido e quase nada sociável, e assim por diante. Se esforçar e pensar no bem-estar social e emocional do seu pet é muito importante para ele ter qualidade de vida e seja um cão feliz e seguro.

A personalidade do cachorro pode ser um reflexo da convivência com o tutor?

 

Sim. Os pets são sensíveis aos estados emocionais de seus tutores. Os animais de estimação estão constantemente nos observando, e fazem isso com o intuito de aprender a se comportar, principalmente em ambientes novos. Portanto, quanto mais confiança demonstrarmos, mais confiança passamos ao pet.

Como criar uma relação de afeto com seu pet?

 

Com a rotina agitada, é cada vez mais raro se desligar, portanto, tente esquecer o resto e tire um momento para se concentrar no seu pet. Pode ter certeza que ele vai perceber e gostar bastante desse tempo só para ele. Todo cachorro adora quem lhe dá comida. Então, ao invés de deixar comida o tempo todo no pote do cão, uma sugestão é dar as refeições em horários específicos. Brincar é algo muito importante para os pets, porque tanto cães como gatos simplesmente adoram. Isso deixará a relação de afeto mais próxima.

Criança e pets: vai mais além que uma relação de carinho?

 

Diminui a ansiedade infantil: um estudo realizado pela Universidade de Oklahoma, descobriu que crianças que convivem com cães de estimação têm menos probabilidade de sofrer de ansiedade infantil, além de auxiliar no desenvolvimento social e emocional da criança de maneira geral. De acordo com terapeutas especializados em comportamento infantil, a relação com o animal estimula afeto, companheirismo, organização e paciência. A criança que possui tendência a desenvolver a ansiedade costuma se preocupar muito com tudo, antecipando situações mentalmente. Logo, a rotina de cuidados com o pet acaba distraindo-a das preocupações com o que vai acontecer e ajuda a focar no momento presente. Exercícios físicos: jogar a bolinha, levar para passear e correr junto, faz parte da rotina de brincadeiras com o pet, torna a criança mais ativa e diminui os riscos de obesidade.

Como conquistar a confiança de um gato?

 

Assim como nós, os felinos domésticos possuem comportamento e temperamento próprio e um pet nunca é igual ao outro. Por isso, a paciência durante este processo é fundamental. Gatos filhotes são mais fáceis de amansar por estarem acostumados desde pequenos a receber carinho, mas isso não quer dizer que os adultos são impossíveis de socializar. Mantendo a paciência, persistência e saber respeitar o tempo do gato para aceitar o recebimento dos afagos, tudo tende a dar muito certo. Frisamos que aqueles que tiveram algum tipo de trauma podem ser um pouco mais difíceis de amansar. Eles podem apresentar comportamento agressivo, arranhar e morder, ou podem se esconder em um lugar de difícil acesso. Gatos adotados possuem grandes chances de terem sofrido algum trauma durante a sua vida.  Nesses casos, a paciência deve ser sua melhor amiga. Lembre-se que a maioria dos gatinhos adotados em ONGs ou vieram da rua não conhecem o amor e muito menos sabem o que um carinho significa. Medo, ansiedade e insegurança no ambiente em que vivem podem levá-los a ficarem mais ariscos ou desconfiados. Estimule o gato a conhecer o ambiente, crie atividades que o interaja com os cômodos da casa, como, por exemplo, esconder petiscos e incentivá-lo a procurar. Talvez seja um pouco difícil domesticar um gato, se comparado com a facilidade que temos ao domesticar um cachorro. Porém, com paciência e utilização de meios como brinquedos e atividades diárias de estimulação pode dar super certo!

Sinais que mostram a confiança do seu pet em você

 

O tutor é a pessoa em quem o pet mais confia do que qualquer outra pessoa no mundo. A capacidade de um cão olhar nos olhos de uma pessoa de maneira não agressiva foi um dos primeiros passos em direção à domesticação canina. Os cachorros de alguma forma aprenderam que os humanos gostam de contato visual e, ao olhar nos olhos de uma pessoa, estabelecem um relacionamento significativo. Se o tutor e seu pet podem olhar amorosamente nos olhos um do outro, isso já é um sinal de que ele confia em você e o entende. Os cães que confiam em seus tutores frequentemente exibem sinais de postura corporal confiante e relaxada. Eles mantêm suas bocas levemente abertas, seus olhos piscam com frequência, suas orelhas estão em uma posição avançada e seus rabinhos estão soltos e abanando. Esse tipo de linguagem corporal diz que o pet está confiante e não está preocupado, assustado ou surpreso. O tutor perceberá a postura confiante do pet quando estiverem fazendo tarefas domésticas, andando ou simplesmente passando tempos juntos.

 
 
 
Fonte: L'Officiel Brasil
 
 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

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